A Deus ninguém jamais viu.
Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai,
ele no-lo deu a conhecer (Jo 1,18)
Deus quer ser conhecido por nós, Deus quer ser visto por nós, por isso o Filho se fez carne, por isso o Pai nos deu o seu Unigênito, que está na intimidade do Pai. Todo o universo foi criado, durante bilhões de anos-luz, tudo foi criado para que chegasse esse momento: as leis físicas do universo, as galáxias, toda a matéria do cosmos, tudo criado e gerado, colocado em movimento, para que, completado o tempo, o Pai nos enviasse o seu Filho Unigênito para que, através dEle e nEle, nós víssemos o Pai. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade (Jo 1,14b).
Nós somos salvos por Jesus porque, em Jesus, nós vemos o Pai. Jesus é a imagem visível do Pai, é o Caminho que leva ao Pai. Contemplando Jesus, nós contemplamos o Pai, nós contemplamos a Deus, pois Deus quer ser visto, Deus quer ser conhecido por nós. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles e eu mesmo esteja neles (Jo 17,26).
E Deus se revela, Deus se mostra para nós como um anawin, como um pobrezinho, humilde, humilhado, crucificado. Ó surpreendente amor de Deus por nós! Deus poderia ter querido se revelar como um poder esplendoroso, com o fulgor de milhões de bombas atômicas, com uma demonstração de força aterradora. No entanto, porque Ele nos ama, Ele se mostra assim, como um de nós, verdadeiramente humano, pequenino, simples, despossuído, necessitado. Assim, através de Jesus pobre, humilde, rejeitado e crucificado, nós vemos o que Deus é em espírito e verdade: Deus é amor, compaixão, bondade. Amando ao Jesus pequeno, humilhado e crucificado, amamos o que Deus é em verdade e em espírito: amor, bondade e misericórdia. Deus é luz, e nEle não há trevas (1Jo 1,5b).