Solenidade de Todos os Santos

Ontem celebramos de forma belíssima a Solenidade de Todos os Santos em nossa Paróquia!

A igreja estava lotada de fiéis, jovens, idosos, crianças, a nave estava cheia de vida, tudo irradiava alegria.
Nosso Pároco, à porta da igreja, recebia carinhosamente com um jovial cumprimento cada fiel que chegava.
Desde a procissão de entrada, cantando a Ladainha de todos os Santos, já nos alegrávamos com a lembrança e invocação de tantos Santos do céu que nos precederam e intercedem por nós e por toda a Igreja.
A Palavra proclamada no ambão, tão viva e eficaz, nos convocava a viver a santidade, dom de Deus, dom da graça!
O Pároco, em sua homilia, visivelmente ungido, irradiava entusiasmo, amor, fervor pelo Evangelho, e nos encorajava a buscar a santidade em nosso viver cotidiano, a sermos os “santos ao pé da porta”!
Durante a Oração Eucarística, os bebês pareciam mais agitados, alguns choravam, mas o povo fiel continuava atento, orante. O belíssimo Prefácio, próprio da Solenidade, nos recordava a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde todos nossos irmãos e irmãs cantam eternamente o louvor de Deus!

Então, ao final da Oração Eucarística, o Padre ergueu bem alto o Cálice e a Hóstia consagrados, o violonista deu o tom, e o Padre esperou. Alguns segundos, com o Cálice e a Hóstia erguidos bem alto, o Padre ficou em silêncio. Na hora, até pensei que talvez ele não tivesse escutado o tom do violão, mas agora entendo que ele esperou porque rezava no coração, porque sabia a magnitude do que iria proclamar, porque seu coração se preparava para pronunciar a Oração das Orações, a Doxologia final.

Então, o Padre cantou: Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, por todos os séculos dos séculos! Nesse momento todos os fiéis se aquietaram, até os bebês pararam de chorar, todos contemplávamos com profunda reverência o Mistério que se revelava aos nossos míseros olhos carnais. Na minha alma, era como se eu visse o universo inteiro girando ao redor daquele Centro: a Hóstia e o Cálice consagrados. Naquele momento sagrado, o Corpo e o Sangue de Cristo elevados eram o próprio Cristo elevado na Cruz sobre o Calvário, a renovação sempre atual da sua entrega plena de amor por nós, da sua oferta de infinita misericórdia. Deus era ali glorificado, e todo o universo, toda a criação se reverenciava diante de tão inconcebível Mistério! O Sangue e o Corpo de Cristo, elevados no altar da Cruz, oferta ali renovada diante de nossos olhos pelas mãos do Sacerdote, nas palavras pronunciadas no Espírito Santo, tornara-se o Centro do universo, o Centro de tudo, ao redor do qual todo o universo existia e se manifestava. Num lampejo de instante, num fragmento de segundo, minha alma extasiava de alegria e de assombro diante de tão maravilhoso esplendor!

Louvado seja Deus por sua Igreja, por sua presença viva entre nós, por fazer morada entre nós, em sua Igreja, no seu povo fiel!

Gratidão ao nosso Pároco por momentos de tanta unção e fé!

Gratidão à toda a comunidade de nossa Paróquia, tão ardente no amor ao Senhor da Vida, peregrina de esperança nos caminhos do Evangelho!

Louvado seja Deus! Salve Maria! Viva todos os Santos! Viva a Igreja!

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