Dos Diários do Mosteiro – 18 de abril de 2017.
Em oração [após ter tido uma profunda visão contemplativa], perguntei:
– ‘Isso tudo não é apenas criação da minha mente? Como é que eu sei que não estou criando tudo isso com minha imaginação?’
Imediatamente, escutei as seguintes respostas:
– ‘Você não se criou a si mesma. Não foi você que se criou e criou seu pensamento, sua consciência. Quem criou você, o seu ser, a sua consciência, está revelando essas verdades ao seu coração. Assim como não foi você que se fez, esses pensamentos e experiências não são seus, não foram feitos por você’.
– ‘Pelos frutos, você conhece a árvore. Os frutos dessa experiência são paz, amor, plenitude, alegria, só virtudes do Espírito. O autoengano e a autoilusão não teriam poder de criar tantos frutos como estes’.
Um pouco mais tarde, veio ao meu coração mais uma resposta:
– “Não havia falsidade em suas palavras” (cf. Is 53, 9) – Meu coração arde com as palavras de Jesus, eu sei que elas são verdade e vida. Ele é a Verdade, isso eu sei, somente Ele é a Verdade.
…
A razão é o degrau mais alto a que a mente humana pode chegar por si mesma, mas não é alto o suficiente. A consciência se vê diante de um muro que tapa sua visão do que está do outro lado. O muro é mais alto que a escada. É preciso ter as asas da fé para poder voar por cima do muro e contemplar o esplendor e a glória que se ocultam do outro lado do muro.