“Se amais somente aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?” (Mt 5,46a)

Quando amamos, desejamos ser amados em troca.
É uma necessidade humana, um anseio profundo da alma,
este desejo de ser amado por quem amamos.
Assim é o amor humano, doação na expectativa da reciprocidade.
Quando nosso amor é desprezado, quando somos rejeitados em troca,
o coração fica ferido, a alma chora.
Assim é o amor humano, encarnado, amor que quer receber,
amor que é também desejo de ser amado por quem amamos.

Jesus nos chama a ir além,
Ele nos oferece a graça de vivermos o amor divino,
o amor que é feliz em amar, gratuitamente,
amor que “suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo” (1Cor 13,7).

Jesus nos mostra o caminho, nos dá o exemplo,
para seguirmos seus passos (cf. 1Pd 2,21b).
No sofrimento da cruz, na sua Paixão,
Ele amou quem o perseguia, Ele amou quem o injuriava,
Ele amou os que o abandonaram, Ele amou.
E Jesus quer repartir conosco a graça desse amor divino,
Ele quer que nosso coração se abra para acolher essa graça que Ele nos dá,
a graça de amar sempre, gratuitamente, sem condições, sem apegos,
sem precisar ser amado em retorno.
É como o amor de Maria, amor de mãe, amor que é graça,
amor que é vida de Deus em nós.