Dos Diários do Mosteiro – 09 de abril de 2017
Deus infinito se faz ínfimo, se faz pequenino para habitar e falar no coração das pessoas.
Deus todo-poderoso, onipotente, poder supremo e absoluto se faz sutil, silencioso, invisível e pequenino para habitar no coração humano, da mesma forma como Ele se fez homem na pessoa de Jesus.
Para Deus, o infinitamente grande e o infinitesimal são a mesma coisa. Ele habita igualmente no grande e no pequeno, Ele habita tanto na imensidão cósmica do espaço interestelar quanto na infinitesimal pequenez do espaço intra-atômico, tanto na astronômica grandeza das galáxias quanto na aparente pequenez da vida humana sobre a terra.
Para Deus, o coração humano é tão imenso quanto o cosmos.
Deus vive em cada um de nós, em cada pessoa humana, e age sutilmente no coração de cada um.
Deus não impõe, Ele jamais se sobrepõe ao nosso livre-arbítrio, Ele não violenta nossa vontade. Para agir no mundo, Ele precisa da nossa colaboração voluntária, da nossa decisão interna, do nosso “sim” para o seu projeto.
Quando nos recusamos a colaborar com sua Vontade, quando O negamos, quando fugimos dos seus preceitos, sofremos as consequências, os efeitos da sua Lei imutável, da sua justiça. Mas Ele aceita nossa decisão e, como o pai da parábola do filho pródigo, aguarda pacientemente o nosso retorno.
Ele não nos obriga a obedecê-lo, porque Ele nos fez livres. Por isso, sua ação no mundo é sutil, silenciosa, invisível, mas sempre poderosa e misericordiosa.