Na Eucaristia, o corpo ressuscitado de Cristo se faz alimento, verdadeira comida. Cristo, que está ‘fora’, quando se torna pão, ‘entra’ em nós pela comunhão, e sua natureza divina é assimilada por nosso corpo, antecipando assim e nos preparando para o corpo glorioso que receberemos na ressurreição do último dia. Deus se faz pão para que sua natureza divina se incorpore ao nosso corpo, à nossa natureza humana. A cada comunhão, nosso corpo, gradualmente, vai assimilando e incorporando a vida divina que está em Cristo e que Ele reparte conosco, se fazendo pão. A Eucaristia nos diviniza, gradualmente, à medida em que nos abrimos para acolher esta graça, nos preparando e antecipando aqui na terra a glória que receberemos no céu, na ressurreição em Cristo.
Como a escada de Jacó, em que os anjos de Deus subiam e desciam, assim é também a Eucaristia. Através dela somos levados ao Alto para habitarmos com Cristo, em Cristo, no céu, e também, com a Eucaristia, Cristo vem até nós para habitar na terra. Pela comunhão da Eucaristia nos tornamos o corpo ressuscitado de Cristo na terra, seu corpo místico. Nos tornamos as mãos de Cristo, os pés de Cristo, a voz de Cristo, o coração de Cristo no mundo. Estendemos o seu corpo ressuscitado no mundo, fazendo, por Ele, em seu nome, através do Espírito, a sua obra de redenção entre os homens. Anunciamos seu Evangelho, curamos, profetizamos, alimentamos, ensinamos, admoestamos, exortamos, amamos como Jesus nos ordenou, em seu nome. Somos agora seu corpo, sua carne no mundo.