“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.”
(Jo 6, 56)
A Eucaristia nos prepara, a cada dia, para a vida divina, ela nos configura, gradualmente ao Cristo.
A vida divina não é apenas a sobrevivência da alma após a morte do corpo. A Jerusalém Celeste ainda não é o novo céu e a nova terra. Na cidade celeste estão as almas dos santos que já estão prontos para receber a vida divina em plenitude e estão à espera da ressurreição. Os que morreram sem estarem prontos precisam terminar sua purificação no purgatório antes de poderem habitar no céu, na Nova Jerusalém, junto com os santos. Mas a purificação no purgatório é mais sofrida que a purificação terrena, pois, sem o corpo e sem os sacramentos, a alma sofre mais intensamente. O sofrimento do corpo ‘absorve o impacto’ do sofrimento na alma. A dor da alma é mais terrível que a dor do corpo, por isso é um socorro para a alma quando o corpo sofre ao invés da alma. É preferível expiar na terra, com sacrifícios e penitências, do que expiar no purgatório, depois da morte do corpo. Além disso, enquanto temos o corpo terreno, somos auxiliados nessa purificação e expiação pelos sacramentos. No purgatório não temos mais este auxílio, pois não temos mais corpo.
Os sacramentos se realizam através do Espírito Santo que nos foi enviado pelo Pai e pelo Filho. O Espírito Santo é a alma da Igreja, que é nossa Mãe. Maria é figura da Igreja, como nossa Mãe. No Espírito são realizados os sacramentos, através do Espírito a vontade do Pai e do Filho se realiza na terra e no coração dos homens. Quem opera o sacramento é Cristo, pela vontade do Pai, no Espírito Santo.
A morte da alma é o pecado. A vida da alma é Cristo. Ele nos dá a vida divina. Ao assumir nossa humanidade, ele deu à humanidade a vida divina.
De Cristo, recebemos a vida divina.